Faculdade Senac Pernambuco Preservação cultural é tema de palestra no curso de Design de Interiores
10 junho, 2021
Alunos do curso de Design de Interiores da Faculdade Senac tiveram um momento especial, ontem (09/06), na disciplina de Design, Cultura e Sociedade, com o professor José Luiz da Mota Menezes, arquiteto urbanista, escritor e professor da UFPE. Grande conhecedor da evolução urbana do Recife e autor de diversos livros, o encontro virtual abordou assuntos como cores na arquitetura de Olinda, evolução histórica dos ambientes internos, Igrejas do Bairro do Recife e casarões antigos das Ruas Benfica e Rui Barbosa, foram encantadoramente falados pelo professor.
A importância da preservação cultural, também foi outro ponto importante. Segundo José Luiz, “precisamos ter cuidado para não perdermos as nossas raízes indígenas, africanas e europeias”. As condições subjetivas para definir o que preservar também foi um fato importante abordado pelo convidado, que é autor de obras como: Mobilidade Urbana no Recife e seus Arredores, Ruas sobre as Águas: Pontes do Recife, A Recriação do Paraíso: Judeus e Cristãos – Novos em Olinda e no Recife dos Séculos 16 e 17.
A coordenadora do curso de Design de Interiores e professora da disciplina de Cultura e Sociedade, Daniela Vasconcelos, reforça a importância da palestra, que permitiu ao aluno aprender sobre aspectos históricos vividos por representantes da nossa sociedade, defensores do Patrimônio Cultural da nossa cidade. “Muitas orientações importantes foram dadas, pelo professor José Luiz, permitindo ao aluno novos estudos e pesquisas importantes para a sua formação”, disse Daniela.
Em depoimento, a aluna Maria Luiza, do 1° módulo de Design de Interiores afirmou: “Eu me encantei por aquele homem que mais parece uma biblioteca viva. Uma pessoa que posso afirmar, sem conhecer pessoalmente, ser um homem bom, porque fala com tanto carinho dos animais e que apesar de ter tantos conhecimentos é de uma simplicidade enorme, usando termos simples que podem alcançar e encantar quaisquer pessoas que não sejam da área. Simplesmente amei! Gostaria de conhecê-lo pessoalmente”, disparou.
Para a docente Teresa Poças, o professor iniciou sua fala com a sabedoria dos grandes mestres, colocando-se acessível e próximo dos alunos. Fez de cada pergunta uma minipalestra. Mostrou muita generosidade ao compartilhar as informações dos projetos em que participou – e foram muitos. Tudo colocado com exemplos, trazendo as motivações, os meios de produção, as políticas públicas que determinam sobre o patrimônio histórico e muitas curiosidades, daquelas que só grandes contadores de ‘causos’ conseguem contar. “Do lugar de estudioso da história da arquitetura, fez reflexões sobre a verticalidade das cidades: o que perdemos e o que ganhamos. Ficamos todos ainda mais estimulados depois de cada resposta dada. Foram mais de 2h de uma aula que passou a sensação de uma conversa de cafezinho que não queríamos que acabasse mais”, acrescenta Teresa.
