Inclusão e acessibilidade na moda são temas de evento promovido pela Faculdade Senac
17 abril, 2024Atividades fazem alusão ao movimento global Semana Fashion Revolution
Como parte da Semana Fashion Revolution (SFR), iniciada em todo o mundo na última segunda-feira (15), a Faculdade Senac Pernambuco promoveu hoje (17) um evento para discutir diversidade, inclusão e acessibilidade na indústria da moda. Durante o encontro, ocorrido no auditório da instituição, foi realizada uma roda de conversa sobre o projeto Juntos com E.L.A. Ao longo do mês, outras atividades em alusão à SFR serão realizadas pela faculdade, incluindo a ação Manualidades na Rua.
Considerado o maior movimento de ativismo da moda do mundo, o Fashion Revolution foi fundado há dez anos e tem como objetivo incentivar as pessoas a se perguntar quem fez suas roupas e em que condições elas foram produzidas. O movimento é conhecido por sua campanha anual “#WhoMadeMyClothes” (#QuemFeZMinhasRoupas), que incentiva as pessoas a compartilhar fotos nas redes sociais com a hashtag.
O projeto Juntos com E.L.A, tema da roda de conversa realizada hoje pela Faculdade Senac, foi desenvolvido pela empresária e designer de moda Lúcia Cipriano. Há pouco mais de um ano, ela foi diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica e desde então passou a desenvolver coleções de moda com foco na inclusão. Além de Lúcia, o evento contou com a participação de Tatiana Lins Carvalho, terapeuta ocupacional do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, onde a empresária faz tratamento. O encontro foi mediado por Karina Fernandes, professora do curso de Design de Moda da Faculdade Senac.
Durante a roda de conversa, Lúcia Cipriano apresentou a coleção “Modelando Ideias”, com dez looks pensados na inclusão de pessoas com mobilidade reduzida e que utilizam sondas alimentares, como é o caso dela. A empresária tem uma marca de moda autoral, chamada LuBlue. A última coleção que Lúcia apresentou no Hospital Oswaldo Cruz foi toda pensada na ergonomia. Participaram da apresentação dos looks as cantoras Michelle Melo e Kelly Rosa, apoiadoras do projeto Juntos por E.L.A.
Para a professora Karina Fernandes, é fundamental que as instituições participem de movimentos como a Semana Fashion Revolution, pois são debates que trazem reflexões sobre questões ambientais e sociais urgentes. “São reflexões que trazem de fato uma movimentação, que fazem práticas serem repensadas, serem remodeladas. A gente precisa pensar na cadeia como um todo, do início até o fim. Os próprios consumidores vêm se reposicionando muito em relação a novas modelagens de negócio, novas modelagens de fazer moda”, destaca a professora da Faculdade Senac.